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BRAIN visita o MDIC, em Brasília: Parceria para o Desenvolvimento da Indústria Automotiva Brasileira.

Foto do escritor: BRAIN GEDESFBRAIN GEDESF

Atualizado: 14 de mai. de 2024

No dia 27 de março, o Brazilian Research in Auto Industry (BRAIN) teve a oportunidade de participar de uma reunião de trabalho com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e o Secretário Uallace Moreira, em Brasília (DF). O encontro foi marcado por conversas e análises sobre as tendências do setor automotivo no Brasil. Estiveram presentes na ocasião, o pesquisador Lucas Afonso e o coordenador do BRAIN, Raphael Lima. Além disso, a experiência foi descrita por ambos como enriquecedora e promissora para o futuro do grupo de pesquisa e da parceria entre a universidade e o ministério.


Raphael Lima destacou que a reunião representou algo inédito em sua carreira, pois nunca havia participado de um encontro ministerial desse tipo. Ele enfatizou a qualidade e a excelência da equipe do MDIC, a quem também agradeceu pela oportunidade e pela recepção atenciosa. A interação proporcionou uma compreensão mais aprofundada das políticas industriais, como o InovarAuto, Rota 2030 e, especialmente, o MOVER, com foco em tecnologias limpas e no setor de autopeças. O doutorando Lucas Afonso, também ressaltou a receptividade e o diálogo construtivo com a equipe do MDIC que, segundo ele, é composta por “super especialistas” do setor. Lucas destacou ainda a importância dessa interação para fortalecer o grupo como um interlocutor qualificado em questões de desenvolvimento do setor automotivo no Brasil.


Os participantes também ressaltaram alguns aspectos relevantes discutidos durante a reunião, como a frequente menção das palavras “desenvolvimento”, “trabalho” e “sindicato”. O coordenador do BRAIN, Raphael Lima, expressou satisfação com a reintrodução do desenvolvimento como uma palavra fundamental na formulação de políticas públicas pelo MDIC. Raphael enfatizou ainda o papel essencial desempenhado pelo Ministério ao promover um Projeto de Desenvolvimento por meio da interação e reflexão conjunta com sindicatos. Segundo ele, os sindicatos, como o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, têm sido ouvidos e respeitados sempre que solicitam, o que ele considera um aspecto imprescindível para qualquer política de desenvolvimento.


Outro aspecto relevante foi a discussão sobre a Cadeia Global de Valor, que, de acordo com Lucas, foi um tema recorrente durante toda a conversa. Em sua avaliação, essa experiência foi extremamente positiva, pois demonstrou que o BRAIN está em sintonia com a agenda do setor em nível governamental. Foi observado que o papel do grupo tem ultrapassado os limites da pesquisa acadêmica tradicional, marcada pela divulgação por meio de artigos científicos. Segundo o coordenador, a expectativa é que o BRAIN seja um interlocutor que produza conhecimento compartilhável sobre o setor, ao mesmo tempo que seja uma fonte para pensar a indústria automotiva como uma política de desenvolvimento para o país. Em suas palavras:

A motivação pelo estudo do setor automotivo se dá, sobretudo, pelo interesse na história da indústria no Brasil, por tudo que ela representou (...) desde os anos de 1970. Então, é o setor industrial que se confunde com a história da economia, com a história do desenvolvimento brasileiro das últimas décadas. A expectativa é que essa indústria, com todas essas transformações, mesmo com as críticas que ela recebe, continue a funcionar como uma vanguarda do desenvolvimento. Inclusive, saímos da reunião com o Uallace com a leitura de que é uma agenda desenvolvimentista ou neodesenvolvimentista (ou neoindustrialização, como vem sendo chamada) que está em curso.

E acrescentou a presença de uma diversidade de

material para produzir análises e reflexões nos próximos anos e a expectativa é que a gente consiga se tornar um grupo de referência, tanto em avaliação dessas políticas, quanto de construção de cenários futuros para a indústria no Brasil.

Lucas Afonso também mencionou o papel do BRAIN na busca por ser um agente de transformação e desenvolvimento para o setor. Segundo ele, a plataforma está cada vez mais avançando em sua comunicação científica, conseguindo elaborar outros produtos para a sociedade. Para exemplificar, ele menciona o Painel do Setor Automotivo e as atividades de workshop com as turmas do SESI/SENAI - Firjan, em Resende. Em sua perspectiva, a plataforma tem sido bastante estratégica por ter entendido o cenário demandado, compreendendo que a comunicação dos produtos científicos precisa tomar outras formas. Nesse sentido, para ambos pesquisadores, a integração entre pesquisadores e órgãos governamentais foi destacada como fundamental para o avanço da pesquisa e do desenvolvimento do setor, possibilitando aprendizados mútuos e a construção de políticas mais eficazes. 


Quando questionados acerca dos próximos passos para a agenda de pesquisa do BRAIN, mencionaram a continuidade do mapeamento e análise das políticas de investimento em curso, com foco na eletrificação e outras tecnologias emergentes. Nesse caso, considerou-se a discussão sobre a opção por veículos elétricos, a combustão ou híbridos. Para Raphael Lima, esse debate, em si, em torno das tecnologias é bastante promissor para a agenda de pesquisa do grupo. 


Em sua avaliação, os governos Lula e Alckmin têm dado uma atenção especial à educação e ao desenvolvimento tecnológico. Apesar de todas as dificuldades acumuladas nos últimos anos, “a gente tem 'virado a chave' desde o ano passado”, afirma o coordenador do BRAIN. A partir desse compromisso, os pesquisadores enxergam positivamente o cenário para o desenvolvimento científico, o que é essencial para a expectativa de ampliar a rede de pesquisadores vinculados ao BRAIN e fortalecer sua atuação como um centro de referência em estudos sobre o setor automotivo no Brasil.



Representantes do BRAIN em reunião de trabalho com equipe do MDIC, incluindo o secretário Uallace Moreira.


 
 
 

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