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O artigo realiza uma análise exploratória sobre a inserção de trabalhadores na indústria automobilística na região sul do estado do Rio de Janeiro. Baseado na literatura sobre Variedades de Capitalismo, especialmente suas releituras mais recentes, orientadas para o problema da mudança institucional, o trabalho explora a hipótese de que esta inserção revela estratégias de relações de trabalho por parte das empresas que combinam a exploração dos recursos institucionais locais pré-existentes, ligados a vantagens tais como mão-de-obra de baixo custo e isenções fiscais, quanto a criação de novos recursos.

Por meio de entrevistas com um grupo selecionado de trabalhadores de diferentes perfis atuando em empresas do cluster, os resultados confirmam a existência de estratégias dos dois tipos, ainda que predominem aquelas ligadas à exploração do baixo custo da mão-de-obra.

Os resultados de natureza exploratória demonstram que o cluster automobilístico do Sul Fluminense ainda apresenta poucas evidências que denotem alguma forma mais consistente de upgrading, seguindo em aberto a busca por estratégias que conduzam a uma mudança institucional que, por sua vez, leve uma posição mais vantajosa na cadeia da indústria automobilística, que inclui não só atividades com maior conteúdo de inovação e tecnologia, como também spill overs para outras atividades econômicas.

IN-SOUTHERN-RIO-DE-JANEIRO_-GOVERNANCE-S

Este trabalho tem como objetivo discutir as diferentes dimensões do problema da “governança”, tendo como referência o papel desempenhado pelas entidades empresariais na promoção do desenvolvimento regional no sul do estado do Rio de Janeiro, a partir de agora referido como Sul Fluminense.

A região se caracteriza pela presença de um importante aglomerado de empresas siderúrgicas e metalúrgicas, com destaque para a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), além de plantas de grandes grupos nacionais e internacionais como Votorantim, Saint-Gobain e Michelin.

Inspirado na literatura sobre a Terceira Itália, um modelo ganha destaque, o dos “Arranjos Produtivos Locais” (APLs). Esse mostra-se como programa de pesquisa e agenda de políticas públicas, tendo por objetivo geral identificar e/ou fomentar as referidas características nos mais variados aglomerados industriais – como é o caso do “APL Metal-Mecânico”, discutido neste texto.

Os resultados apresentados neste artigo demonstram, por um lado, que a ideia de APL ganhou centralidade na agenda das entidades ao longo do período analisado e, por outro, que os resultados são ambíguos em relação à efetividade dessa agenda.

Sendo assim, o artigo pretende desenvolver uma crítica ao modelo geral dos APLs como paradigma teórico e de políticas públicas, por conta de sua ênfase excessiva na dimensão estratégica do que se convencionou chamar de “governança” dos atores e processos econômicos.

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